Tuesday, August 30, 2011

A indignação de Meredith Goldstein

A rapariga da foto, Meredith Goldstein, é autora da coluna amorosa do The Boston Globe e costuma dar "bons conselhos" a quem recorre à secção em busca de orientações. Recentemente, um homem de 29 anos escreveu-lhe dizendo que tinha uma namorada com quem se dava muito bem e chegou a ponderar a hipótese de viver com ela até ao momento em que ela lhe revelou que, nos tempos da faculdade, chegou a ter imensos relacionamentos casuais, tendo inclusivamente dormido com cerca de 35 homens. O rapaz confessou ter ficado "de rastos" com a "bomba" e que, se soubesse disso desde o início, nunca lhe teria dado uma hipótese. Ele diz até que, apesar dela lhe fazer feliz e de ser o melhor relacionamento da sua vida, olha agora para ela como uma "mercadoria estragada". Meredith ficou indignada com o que leu e respondeu-lhe, horrorizada e quase histérica: "Qual é o número de parceiros que teriam sido ajustado? 5? 20? 34? Onde é que você faz a divisão a partir da qual é legítimo qualificar a mulher de 'mercadoria estragada'? A sua namorada conhece-se bem. Ela divertiu-se na faculdade, cresceu e agora quer um verdadeiro parceiro. Ela escolheu-o a si, confiou em si o suficiente para revelar o seu passado e agora ela está a ser chamada de 'mercadoria estragada'". Parece que Meredith nos quer dar a entender que o facto da rapariga, que tem 26 anos, ter tido uns 35 parceiros sexuais durante os tempos da faculdade fez com que ela se conhecesse bem, como que se o conhecimento aumentasse sempre depois de cada parceiro sexual, além de parecer querer impingir-nos a ideia de que foi algo naturalíssimo. Meredith focou simplesmente no que ela sente e não nos sentimentos do homem que o levaram a escrever-lhe. O gajo está preocupado com o futuro que ele poderia vir a ter caso aceitasse a sua namorada. Como ele próprio afirmou, se soubesse o que sabe hoje, teria rejeitado um compromisso sério com ela. Meredith concluiu: "Ela experimentou uma variedade de homens e você é o homem com quem ela quer coabitar. As experiências dela tornaram-na na mulher que ela é hoje. Devido a isto, esteja grato por ela ter vivido a vida que viveu. Não estrague a relação - por si e por ela".

Eu acho que o passado de cada um não nos diz respeito, mas mesmo assim não consigo deixar de ficar um pouco abananado com esta notícia. Até que ponto um homem pode confiar numa mulher com um historial sexual como o da namorada do rapaz? O mesmo se pode aplicar de igual modo a um homem com um "passado sexual frutífero". Será uma questão de machismo e de feminismo?

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