Indignados contra o Papa

Os indignados do movimento espanhol 15M (de 15 de Maio de 2011) vão unir-se à manifestação agendada para o dia 17 em protesto contra a visita do Papa a Madrid, no âmbito da Jornada Mundial da Juventude 2011 (JMJ). Esses desgraçados ranhosos, que têm protestado em várias cidades espanholas contra a precariedade e o desemprego, não querem que o evento seja financiado por dinheiros públicos e aliaram-se aos movimentos «Por um estado laico» e «Dos meus impostos, zero para o Papa», ainda que o director-financeiro da JMJ, Fernando Barriocanal, já tenha afirmado, em várias entrevistas, que a 26ª edição da JMJ, onde são esperados mais de um milhão de participantes, terá "custo zero para os contribuintes" e permitirá até uma injecção de mais de 100 milhões de euros na economia espanhola (mas o que é que isso interessa aos arruaceiros?). Segundo Barriocanal, o evento será suportado em 70% com o dinheiro dos peregrinos e os restantes 30% através de donativos vindos de empresas e particulares.

A podridão a que chegou a sociedade da outrora Espanha dos grandes reis católicos parece não conhecer limites! Porque é que essa escumalha não dá a voz pela fome na Somália ou pelo que está a acontecer na Síria? Porque protestar contra o Papa garante visibilidade mediática, além de que é isento de perigos e tem a cobertura da comunicação social esquerdista. Estar contra a Igreja Católica é cada vez mais um requisito sine qua non para qualquer chouriço conseguir captar a atenção mediática. É deveras triste o esquerdume espanhol ainda não ter conseguido superar a derrota e as consequências da guerra civil depois de mais de 70 anos.

Enfim, deixemos os cães (os manifestantes ranhosos) que ladram. ¡No Pasarán!