A Alemanha celebra hoje o 50º aniversário da construção do Muro de Berlim (Berliner Mauer, em alemão). Há 50 anos, em 1961, a Alemanha comunista (a República Democrática Alemã - RDA) construiu um dos maiores símbolos da Guerra Fria, dividindo em duas partes a cidade de Berlim e separando famílias durante 28 anos. "Não podemos esquecer o dia 13 de Agosto de 1961 e da dor que trouxe sobre milhões de pessoas", declarou a chanceler alemã Angela Merkel no seu discurso na Bernauer Strasse, uma das ruas cruzadas pelo muro e onde ficaram partes dele, ao redor do qual foi criado um centro de documentação e comemoração. O presidente alemão, Christian Wulff lembrou que "a primeira morte foi a de Ilda Siekmann em 22 de Agosto de 1961. Ela quis pular em direcção à liberdade aqui, na Bernauer Strasse, a partir do terceiro andar".
Algumas partes do muro estão a ser reconstruídas para a posteridade, para a alegria dos turistas que desejam ter uma visão de como era a cidade durante a Guerra Fria. Quase todos os seus 160 quilómetros foram destruídos durante a euforia que se seguiu à queda dos seus primeiros pedaços, em 1989. Apenas alguns pedaços do muro continuavam intactos quando a Alemanha foi reunificada, no dia 3 de Outubro de 1990 e apenas três das 302 torres de controlo da Alemanha Oriental ainda permanecem em pé. "No começo ninguém pensou em preservar pedaços do muro para as futuras gerações", disse Jochen Staadt, cientista político da Universidade Livre de Berlim. "Mas sempre houve interesse por parte dos estrangeiros que vinham e perguntavam 'Onde está o muro?'. Levou cerca de uma década, no fim dos anos 90, até que as pessoas em Berlim, especialmente aquelas com até 30 anos de idade, começassem a ter interesse em saber como era realmente o muro." Com a ajuda do governo federal e da União Europeia, Berlim está a investir cerca de 28 milhões de euros na reconstrução do muro. "No início de 1989, (o líder comunista) Erich Honecker disse que o muro ainda estaria em pé em 100 anos e em certo ponto estamos a fazer o que podemos para isso acontecer", disse Alexander Klausmeier, director da fundação "Muro de Berlim" que está a supervisionar o projecto.
A reconstrução do muro não é, todavia, bem vista por todos. Os líderes conservadores alemães temem que o muro se transforme numa atracção "do tipo Disneylândia". "As pessoas em Berlim já sabem onde o muro estava e essa memória é dolorosa o suficiente", disse Staadt. "É uma situação complicada e muitas pessoas se preocupam com razão com a possibilidade de uma reconstrução do muro se transformar em algo parecido com a Disneylândia." Já o prefeito de Berlim afirmou que não há risco disso acontecer: "Foi a coisa mais certa a ser feita na época, destruir a construção toda, mas aos poucos expandiremos esse memorial do muro. Vemos que muitas pessoas vêm a Berlim por causa de sua história e continuaremos a incentivar isso, não apenas para os turistas mas como uma lembrança para as futuras gerações."
Algumas partes do muro estão a ser reconstruídas para a posteridade, para a alegria dos turistas que desejam ter uma visão de como era a cidade durante a Guerra Fria. Quase todos os seus 160 quilómetros foram destruídos durante a euforia que se seguiu à queda dos seus primeiros pedaços, em 1989. Apenas alguns pedaços do muro continuavam intactos quando a Alemanha foi reunificada, no dia 3 de Outubro de 1990 e apenas três das 302 torres de controlo da Alemanha Oriental ainda permanecem em pé. "No começo ninguém pensou em preservar pedaços do muro para as futuras gerações", disse Jochen Staadt, cientista político da Universidade Livre de Berlim. "Mas sempre houve interesse por parte dos estrangeiros que vinham e perguntavam 'Onde está o muro?'. Levou cerca de uma década, no fim dos anos 90, até que as pessoas em Berlim, especialmente aquelas com até 30 anos de idade, começassem a ter interesse em saber como era realmente o muro." Com a ajuda do governo federal e da União Europeia, Berlim está a investir cerca de 28 milhões de euros na reconstrução do muro. "No início de 1989, (o líder comunista) Erich Honecker disse que o muro ainda estaria em pé em 100 anos e em certo ponto estamos a fazer o que podemos para isso acontecer", disse Alexander Klausmeier, director da fundação "Muro de Berlim" que está a supervisionar o projecto.
A reconstrução do muro não é, todavia, bem vista por todos. Os líderes conservadores alemães temem que o muro se transforme numa atracção "do tipo Disneylândia". "As pessoas em Berlim já sabem onde o muro estava e essa memória é dolorosa o suficiente", disse Staadt. "É uma situação complicada e muitas pessoas se preocupam com razão com a possibilidade de uma reconstrução do muro se transformar em algo parecido com a Disneylândia." Já o prefeito de Berlim afirmou que não há risco disso acontecer: "Foi a coisa mais certa a ser feita na época, destruir a construção toda, mas aos poucos expandiremos esse memorial do muro. Vemos que muitas pessoas vêm a Berlim por causa de sua história e continuaremos a incentivar isso, não apenas para os turistas mas como uma lembrança para as futuras gerações."
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