Saturday, September 24, 2011

Benfica empata no Cabr... Dragão

O Benfica empatou ontem a dua bolas no antro do Contumil, na belíssima cidade do Porto. Os súbditos do corrupto-mor Pinto da Costa conseguiram estar duas vezes em vantagem no jogo, mercê do imenso demérito do Benfica que permitiu que os Andrades marcassem dois golos, primeiro numa falta completamente escusada do uruguaio Maxi Pereira e depois num canto curto em que toda a defesa esteve aos papéis, mas os jogadores do Benfica nunca desistiram nem perderam o controlo do jogo e no fim acabaram por deixar no ar a ideia (ou melhor, a certeza) de que o empate soube a pouco. O CRAC foi indiscutivelmente superior ao Benfica na primeira parte, mas na segunda a história foi diferente, tendo o Benfica acabado o encontro por cima. Cardozo e Gaitán - este com um belíssimo golo - fizeram os golos do Benfica na segunda parte. Jorge Jesus desta vez não inventou e ganhou o duelo no banco ao inexperiente Vítor Pereira. O estrondoso Hulk, depois de uns fogachos iniciais, foi completamente encostado pelo lateral-esquerdo brasileiro Emerson.

O árbitro, que é um antigo membro da claque portista Super Cabrões Dragões, Jorge "Jar Jar" Sousa (é apenas o 5º árbitro da AF Porto em 6 jogos do Benfica...), conseguiu a proeza de não expulsar nenhum dos intervenientes da partida mas pactuou bastante com o teatro dos profissionais do CRAC. Os portistas acusaram o árbitro portista de não ter expulsado Cardozo por suposta agressão ao uruguaio Fucile ("todos viram que fui agredido", Fucile dixit...), mas as imagens mostram claramente que o palerma fez teatro, ao minuto 43. De resto, parece que o palco do Cabrão Dragão arrisca-se a ser o novo Theatre of Dreams (teatro dos sonhos), como é conhecido o mítico Old Trafford do Manchester United, devido à quantidade de números circenses dos actores que estiveram ontem em campo disfarçados de jogadores do "fóculporto".

No final do encontro, o treinador portista afirmou que o clubezeco napolitano que serve com submissão perdeu o controlo contra "uma equipa que procurou o ponto". O brasileiro Kléber falou de um balde de água fria e que os azuis-e-brancos deviam ter ganho o jogo por causa do que fizeram na primeira parte (como se o jogo só tivesse uma parte, claro). Hulk não terá visto a agressão fantasma do Cardozo ao Fucile mas afirmou que o uruguaio tem toda a razão. O argentino Otamendi, que marcou o segundo golo Andrade, afirmou que o "Benfica veio (ao Cabrão Dragão) para não perder". Do lado do Benfica, que com este resultado continua a partilhar a liderança no campeonato com o clube da ETAR do Freixo, Jorge Jesus sublinhou que o empate é um bom resultado, mas que não é o que queria. Emerson, que ao longo do jogo se superiorizou ao Hulk, aplaudiu a equipa que nunca baixou os braços. O belga Axel Witsel elogiou a segunda parte do Benfica e disse que os encarnados controlaram melhor a bola e estiveram mais perto da baliza contrária. Nicolás Gaitán dedicou o golo ao seu sobrinho e disse que "podíamos tranquilamente ter ganho".

O clássico, disputado na cidade do Porto onde geralmente tem um ambiente que se assemelha ao da Faixa de Gaza (ou da Líbia, se quisermos ser mais actualizados) sempre que o Benfica se desloca até lá tal é o clima de ódio e de terror latentes, felizmente decorreu sem incidentes devido ao grande contigente policial. O autocarro do Benfica, o Vermelhão, desta vez não sofreu nenhum ataque (será por causa do facto da UEFA ter enviado emissários para o jogo?). No entanto, e isso é coisa que muitos preferem ocultar, os comboios onde seguiam os adeptos benfiquistas foram apedrejados na zona de Coimbrões.

Pessoalmente ficou-me um amargo de boca. O empate deve-se ao demérito do Benfica, que não jogou aquilo que sabe e que pode. E deixem-me dizer que o guarda-redes Artur é grande; enorme!

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