Saturday, September 10, 2011

Sobre a protecção dos média ao Benfica

De entre os três clubes grandes portugueses, o Benfica é o que tem mais jogadores portugueses: oito, mais um que os lagartos do Alvalixo e mais quatro que os mafiosos do CRAC (que não tem um único jogador formado no clube). Ora, isso assume extrema importância porquanto já andam a gozar com o facto do Benfica se apresentar em campo sem um único português no onze titular. Os outros dois até podem jogar com mais jogadores portugueses em campo (nem que seja apenas mais um), mas são actualmente menos portugueses que o Benfica.
A comunicação social devia estar sujeita a uma deontologia profissional e ser independente, com isenção e critério. Mas em Portugal não é o que acontece. Peguemos no exemplo do mediatismo dado ao Benfica e ao mediatismo (não ou pouco) dado ao CRAC: a não inclusão do espanhol campeão da Europa e do mundo Capdevilla na convocatória do Benfica para a Liga dos Campeões gerou maior sururu no burgo do que, por exemplo, a não inclusão do jovem brasileiro Alex Sandro, contratado pelos da agremiação do Contumil por 10 milhões de euros ao Santos. Também jogadores como o Iturbe (o "novo Messi") e o Walter ficaram de fora nas contas do treinador Vítor Pereira. Acresce-se o facto do clube do Dragão do Apocalipse ter sido obrigado a deixar quatro vagas por preencher, pois não tem no seu plantel qualquer jogador formado internamente - coisa que passou de forma despercebida.
Em Portugal, qualquer coisa que diga respeito ao Benfica é logo tratado de forma espampanante, com altas manchetes, especulações e críticas. É essa a "protecção" que os média são acusados de dar ao Benfica? Os média não protegem o Benfica, antes pelo contrário: servem-se do Benfica. Tal como a ditadura se serviu do Benfica.

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